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PENSAR, É UM DIREITO

01/07/2020

PENSAR, É UM DIREITO

O livre pensar e o livre expressar-se é um direito fundamental do homem, consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU em 1948. No Brasil, está previsto na Constituição Federal.

É uma prerrogativa do indivíduo fazer opções em termos de modo de vida, preferências religiosas, ideológicas, filosóficas, artísticas, políticas. Essa premissa pode, no entanto, remeter à ideia de  anarquia. Isso só pode acontecer quando, no exercício do seu direito, este extrapola limites que excluem um elemento primordial no convívio social: a responsabilidade. Afinal, o meu direito começa onde termina o do meu semelhante.

Apesar de ser universal, há países em que as restrições a essa liberdade são presentes, seja em razão do regime político, seja até mesmo devido a razões de ordem religiosa. A imposição de um modo de agir e de pensar não é salutar para qualquer sociedade. Faz parte da nossa natureza abrir a mente para outras perspectivas senão à que se impõe como regra geral. Todas as vezes em que o homem divergiu, questionou e propôs formas diversas de ver a realidade, interpretá-la de maneira diversa, novos caminhos se abriram.

No Brasil, por exemplo, temos origens étnicas e culturais distintas, Com a imigração ultimamente mais acentuada, tornamo-nos cada vez mais plurais. Não faz sentido que todos pensem da mesma forma ou se manifestem de modo igual. A postura democrática não é compatível com a atitude de ver ou mesmo reprimir o que pensa ou se manifesta de forma diferente (que pode até parecer estranha para alguns) enxergando-o como ovelha negra do rebanho.

Atualmente, presenciamos um acirramento de ânimos em relação à diversidade de pensamento e expressão que contrapõe pessoas na esfera familiar e na sociedade. A polarização de ideias tem separado essas pessoas e gerado conflitos. É um fenômeno internacional que marca este momento da humanidade. A rapidez com que circulam as informações e a facilidade de acesso (nem sempre racional) à internet e às redes sociais muitas vezes gera embates de consequências graves.

Seja bem-vindo, pois, o Dia da Liberdade de Pensamento, em 14 de julho, como momento de reflexão, de revisão de pontos de vista radicais e preconceituosos de qualquer viés para o exercício pacífico desse direito tão caro a todos e a cada um de nós.

 

 

Por: Ana Caroline
Redatora